Bioinformática na Amazônia: fundamentos e mapeamentos genéticos

Publicado por
Felipe Campos

Aluno de Ciência da Computação e bolsista PROEX do FacompCast

Mapeamento genômico, cupuaçu, bioinformática e COP-30. Apesar de parecerem termos distantes da realidade dos cursos de computação, eles estão mais presentes do que se pensa nos laboratórios e pesquisas desenvolvidas pelas universidades e atores privados. Foi com base nisso que Felipe Campos recebeu neste novo episódio do podcast Vinícius Abreu, professor adjunto da FACOMP/UFPA Belém, e Renato Oliveira, pesquisador assistente no Instituto Tecnológico Vale (ITV). O bate-papo, que durou 1h, teve como norte desmistificar o que é a bioinformática, termo cada vez mais aderente a área da computação, além de apresentar as pesquisas que cada um dos convidados conduz atualmente em seus respectivos vínculos, que envolvem desde o mapeamento do genôma do cupuaçu até o mapeamento de espécimes dentro das áreas onde uma mineradora possui atuação no estado do Pará.

A bioinformática são soluções de computação voltadas para problemas biológicos. É como um Diagrama de Venn: a área biológica, estatística e computacional.

Vinicius Abreu, professor adjunto FACOMP

Como o doutorado ajuda no mercado de trabalho

A bagagem acumulada pelos convidados também foi destaque no episódio, com Renato contando um pouco do que foi trabalhar no ITV durante o doutorado e como o seu processo de aprendizagem pode gerar frutos para o Instituto e, por sua vez, como o ITV também teve papel vital na conclusão do seu doutorado.

O ITV ajudou no meu doutorado e o meu doutorado ajudou no ITV. Foi a partir da minha pesquisa que a gente desenvolveu uma ferramenta que até hoje usamos – o PIMBA – uma ferramenta de meta barcode para espécimes.

Renato Oliveira, pesquisador assistente ITV

Cooperação acadêmica e a COP-30

Mas não foi só isso. Os convidados também contaram para Felipe o quão ansiosos estão para a realização da Conferência das Partes (COP-30) em Belém, o maior evento climático do planeta, e sobre como esse mesmo evento pode abrir em definitivo as portas de cooperação acadêmica para as universidades amazônidas com o mundo. Coincidentemente, a COP-30 também acontecerá no mesmo ano dos aniversários de 40 anos da fundação da Faculdade de Computação da UFPA, além dos 25 anos da implantação do curso de Ciências da Computação. Novos eventos e parcerias nessa área estão previstos nos próximos meses. Portanto, motivos não faltam para que 2025 seja um divisor de águas na vida da bioinformática sob a óptica amazônica – e tudo isso tu vais poder ouvir na tua plataforma favorita, pois o FacompCast 28 já está disponível.


O que é o LaBioCAD?

O LaBioCAD (Laboratório de Bioinformática e Computação de Alto Desempenho) da UFPA está localizado no Instituto de Ciências Exatas e Naturais, o ICEN, na Cidade Universitária Prof.º José da Silveira Netto em Belém do Pará e é vinculado a Faculdade de Computação (FACOMP/UFPA). O laboratório desempenha importantes pesquisas no ramo da bioinformática, como o mapeamento genético do cupuaçú, bem como em computação de alto desempenho. Ele é coordenado pelos professores Josivaldo Araújo, Regiane Kawasaki e Vinícius Abreu. Você pode conhecer mais sobre o laboratório clicando aqui.


Conheça mais sobre os convidados

Renato Oliveira: foi bolsista CNPq durante o programa Ciência sem Frontreiras para o curso de Mestrado Integrado em Engenharia de Redes e Sistemas Informáticos na Universidade do Porto (PT). Além disso, sua trajetória acadêmica passa pela graduação em Sistemas de Informação e pelo Mestrado em Ciência da Computação (ênfase em Sistemas Inteligentes e Bioinformática), ambos feitos na UFPA Belém. Durante o mestrado, ajudou a fundar, junto a Marcelle Motta, o Laboratório de Bioinformática e Computação de Alto Desempenho (LaBIOCAD); possui doutorado em Bioinformática pela UFMG. Atualmente, é pesquisador no Instituto Tecnológico Vale (ITV) em Belém, cujo foco é o desenvolvimento sustentável, onde atua nos projetos de mapeamento genômico de espécimes da fauna e flora da Amazônia em regiões onde a Vale atua para a conservação ambiental;

Vinícius Abreu: é formado pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA) e PhD em Bioinformática pela UFMG. Sua trajetória acadêmica durante o doutorado também comtempla um intercâmbio para o Max Plank Institute, na Alemanha. Atualmente, é professor adjunto na UFPA Belém, com foco em análise de dados biológicos, redes preditivas de regulação genética e produção de software para solucionar problemas de bioinformática; é um dos coordenadores do Laboratório de Bioinformática e Computação de Alto Desempenho (LABIOCAD), junto a professora Regiane Kawasaki e Josivaldo Araújo. Sua pesquisa de destaque vinculada ao laboratório envolve o mapeamento genético do cupuaçu, uma fruta típica amazônica.

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